Como contribuir para uma AUTOESTIMA saudável nos meus filhos?

“Nascemos todos com uma semente de autoestima. (…) O sol da semente da autoestima é o amor incondicional, a água e o solo são as palavras que a alimentam, e o ambiente são os cuidados que recebe. Quanto menos julgamento e mais aceitação houver, mais bela e enraizada se tornará a flor. Mais forte e profunda se tornará a autoestima”

(Mikaela Ovén em “Educar com Mindfulness”).

A autoestima está relacionada com a forma como nos sentimos em relação a nós mesmos, pelo que uma pessoa com uma autoestima saudável sente-se bem tal como ela é, com todas as suas qualidades e defeitos. Esta é construída nas relações que temos com os outros, principalmente com os nossos pais/cuidadores principais. É a partir dos 5-6anos que começamos a formar um conceito acerca de nós mesmos a partir da forma como os outros nos veem e das experiências que vamos adquirindo. De facto, é uma das variáveis mais importantes para o bem-estar psicológico e para uma boa saúde mental, pois uma pessoa que se sente com valor e que acredita em si tem maior capacidade em lidar com as inevitáveis dificuldades da vida e com os fracassos.

Deste modo, e considerando que os pais/cuidadores, como figuras significativas, desempenham um papel fundamental na promoção de uma autoestima saudável nos seus filhos, aqui ficam algumas sugestões de como podem fazê-lo:
  1. Pratique o amor incondicional. As crianças precisam de saber que os seus pais as aceitarão tal como são, com todos os seus defeitos e fragilidades. Com o amor incondicional, a criança aprende que o seu comportamento não a define enquanto pessoa e acontece quando os pais se esforçam para corrigir o comportamento e não mudar a criança. Por exemplo, dizer: “Assim a correres dentro de casa, eu não gosto de ti” é diferente de “Não é boa ideia correres dentro de casa, porque…”.
  2. Reconheça e encoraje mais. Mais importante que elogiar - que é valorizar o que a criança tem ou faz, é reconhecer -  que é valorizar o que a criança é. Por exemplo: “Que lindo! Arrumaste os brinquedos todos sozinho” (elogio); “Fico muito feliz por teres arrumado os brinquedos todos sozinho. Foi uma grande ajuda para mim” (reconhecimento). Por outro lado, para que a criança possa ser reconhecida é necessário dar-lhe a sua presença e proporcionar-lhe experiências.
  3. Escute e responda às questões dos seus filhos. Ao fazer isso, irá mostrar que as suas perguntas e opiniões são importantes para si. Quando não encontrar uma resposta, não invente uma, nem evite a pergunta, apenas responda de forma sincera e reconheça que não é detentor de todo o conhecimento.
  4. Incentive à tomada de decisões por si próprios. É importante que as crianças aprendam que cada decisão tem a sua própria consequência e, para isso, é essencial que tomem as suas próprias decisões, não invalidando a ajuda do adulto nesse processo (por exemplo, através da reflexão acerca das perdas e ganhos de cada decisão).
  5. Permita que os seus filhos assumam algumas responsabilidades e confie. Responsabilidades, como tarefas diárias (p.ex., pôr e levantar a mesa, arrumar o quarto, tratar da sua roupa, etc.), permitem que as crianças saibam que os pais acreditam que elas são capazes e confiam nelas para concluírem as tarefas. Além disso, é importante confiar que elas serão capazes de desempenhar esse papel, pelo que não conta controlar, julgar, comentar ou avaliar a tarefa.

				

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